quinta-feira, 1 de junho de 2017

Concorrência Schumpeteriana

(por Eduardo Pakulski Saleh, Gislaine Pereira e Maicon)

   Breve Histórico


   As empresas priorizam hoje atuar em um mercado que tenha mobilidade, sem grandes dificuldades quanto a suas escolhas de troca de setor. Porque nenhum setor tem garantia de geração de lucro, existem mercados com probabilidade de ter melhor retorno financeiro, mas isso depende, em grande medida, de decisões gerenciais. Por isso, em muitos casos, torna-se mais viável entrar mesmo que com barreiras à entrada em um setor que tenha mobilidade caso a empresa precise trocar seu ramo de atividade sem muitas adversidades para tal mudança, ou seja, se houverem poucas barreiras à saída.Breve Histórico

   Joseph Alois Schumpeter (Triesch, 8 de fevereiro de 1883 — Taconic, Connecticut, 8 de janeiro de 1950) foi um economista e cientista político austríaco. É considerado um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX, e foi um dos primeiros a considerar as inovações tecnológicas como motor do desenvolvimento capitalista. Além disso, marcou profundamente a história da reflexão política com sua teoria democrática a qual redefiniu o sentido de democracia, tida como uma simples maneira de gerar uma minoria governante legítima, ou seja, uma definição procedimental que passa a ser a base de diversas concepções posteriores.

FONTE: MIGUEL, Luis Felipe. ”Teoria democrática atual: esboço de mapeamento”. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais BIB.


   O Pensamento de Schumpeter


   Não é verificado arcabouço teórico unívoco na teoria econômica para o entendimento entre a mudança tecnológica e a concorrência interfirmas, que existe são instrumentos analíticos, mutamente excludentes, ou não, conforme citado abaixo:
Abordagem neoclassica
Enfoque na literatura sobre a organização industrial
Análises schumpeteriana
Analises neo-schumpeterianas



   È possível sintetizarmos as duas últimas abordagens da seguinte forma:

Schumpeteriana:
   Aponta para o discernimento dos períodos de expasão e contração da economia e a ideía central para o entendimento das mudanças econômicas está na incorporação de inovações.

Neo-schumpeteriana:
  Eixo industria-mercado, onde se processa a interação competitiva estratégia versus estrutura, define possibilidades e oportunidades tecnológicas em produtos e processos. Esta abordagem permite verificar o comportamento das firmas e da estrutura de mercado num quadro dinâmico de mudanças técnicas

   Abordagem Schumpeteriana:

   A abordagem schumpeteriana considera as inovações e o desenvolvimento econômico, o lucro, o crédito, o juro, o capital os ciclos econômicos e a predição shumpeteriana quanto ao capitalismo.
Schumpeter conseguiu ampliar a análise econômica do plano estático para o plano dinâmico. Na teoria dos ciclos de Schumpeter o desenvolvimento econômico passa a ser visto como uma mudança espontânea e descontínua na estrutura produtiva existente. O desenvolvimento é definido como a realização de novas combinações, que são as inovações.
   Empresários inovadores são os indivíduos que implementam as combinações novas, colocando-as na prática e portando tornando-as relevantes economicamente para a sociedade.
   O fenômeno da inovação, ou o processo de progresso técnico,  é endógeno por natureza no sistema capitalista, uma vez que os agentes que visam o lucro, buscam maneiras de alterar as condições do ambiente econômico a fim de obter maiores lucros, ou o lucro extraordinário.
   A relação lucro - função empresarial – inovação, revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, ou seja, a procura do lucro através da inovação é fundamental para dinamizar a economia melhorando os processos, produtos ou serviços com vistas à maiores margens de lucro.
   A inserção de uma inovação no mercado implica um novo dinamismo na economia e contribui com a concorrência capitalista. Num primeiro momento há uma situação de maiores investimentos e lucros, até que num segundo momento surgem os imitadores da inovação, o que faz com que haja uma tendência ao equilíbrio, no entanto isso não chega a ocorrer devido à esse fenômeno ter um caráter assimétrico e está em constante transformação dinâmica, segundo Schumpeter.
   O conceito de “destruição criadora”, segundo o autor, é o processo incessante de inovações que revolucionam a estrutura econômica a partir de dentro, criando elementos novos e destruindo elementos antigos.
  O crédito é essencial ao processo econômico, pois parte das inovações são financiadas com recursos de terceiros, ou seja, o empresário inovador precisa de crédito, que pode ser traduzido como “força produtiva”, a fim de que este empresário possa inserir a inovação no mercado.
   Para Schumpeter, os ciclos da economia possuem quatro fases: prosperidade, recessão, depressão e recuperação. As fases de prosperidade e recuperação, envolveria o surgimento de inovações, e com ela a busca crescente por lucros.     Uma parte associada às crises (recessão e depressão) pode ser atribuída à quebras provenientes do desuso de produtos e processos decorrentes da inovação, ou seja, a destruição criadora, explicando assim os movimentos de contração e expansão econômicas.

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