(Por Gustavo Araujo, Rafael Guimarães e Thaís Agarrallua)
- Desenvolvimento sustentável
Desde o início da revolução
industrial, a quantidade de poluentes produzida se deu de forma crescente e
ininterrupta, comprometendo cada vez mais a qualidade do meio ambiente. Como
demonstrado na publicação anterior, onde a interação humana chegou a um nível
onde o homem se tornou superior a natureza. Diante dos problemas ambientais
gerados, como: escassez de água, o aumento da população urbana no mundo e,
consequentemente o aumento do consumo, a péssima qualidade do ar, os desmatamentos,
as desertificações de algumas regiões no planeta, o aquecimento global, entre
outros problemas ambientais, demonstram claramente o quanto é necessário
equilibrar esta relação tão delicada.
O equilíbrio dessa relação entre
crescimento econômico e meio ambiente é chamado de Desenvolvimento Sustentável,
termo constituído em 1988 no Relatório Brundtland, intitulado “Nosso Futuro
Comum”, elaborado pela Comissão Mundial do Meio Ambiente. Onde visa um
desenvolvimento que satisfaça as necessidades da geração atual, sem comprometer
a capacidade de atender as necessidades da geração futura, ou seja, não deixar
faltar recursos para a população futura.
Neste âmbito do desenvolvimento
sustentável, as opiniões se dividem em dois pontos: Economia Ambiental e Economia
Ecológica.
- Economia Ambiental
Na Economia Ambiental, demonstra que
os recursos naturais não limitam a expansão econômica. No início de sua
aplicabilidade os recursos não eram mostrados nas apresentações analíticas da
realidade econômica.
Somente após críticas que houve a
adição destes dados nas análises econômicas com função de produção, porém
mantendo uma forma de substitubilidade perfeita entre os outros fatores de
produção, capital e trabalho. Ou seja, os recursos naturais poderiam ser substituídos
pelo capital ou trabalho (tecnologia).
Assim, estes recursos não representam
uma restrição à expansão, mas uma restrição relativa, superável pelo progresso
tecnológico e mercado. No caso de insumos ambientais (bens naturais
transacionados no mercado), a medida que um recurso se tornava escasso, haveria
a necessidade de aumentar seu preço, induzindo a necessidade de inovações para
poupar este recurso; e no caso de serviços ambientais públicos (ar, agua,
ciclos bioquímicos, etc.), onde existe uma falha por serem bens não
transacionais no mercado, é necessário um controle para intervir no preço à
medida que a escassez aumenta.
- Economia Ecológica
Diferentemente da Economia Ambiental,
a Economia Ecológica coloca o sistema econômico sendo como um subsistema da
natureza, ou seja, o conjunto dos fatores de produção impõem uma restrição
absoluta para o crescimento econômico. Os fatores não são dados isolados, cada
um complementa o outro. Destacando o
progresso cientifico e tecnológico sendo fundamental para o aumento da
eficiência dos recursos gerais (renováveis e não-renováveis).
A questão é como fazer com que a
economia funcione considerando a existência desse limite. Na visão da Economia
Ambiental, é realizar o ajuste dos recursos utilizando tecnologia ou as regras
de mercado substituindo os produtos escassos por outros ou elevando seus
preços. Porém na visão ecológica é criando uma escala sustentável. Assim é que
ela transcende da sua esfera até outras ciências na procura de um melhor
entendimento de quais são os processos biológicos e físicos que permitam
entender melhor quais são os limites da sustentabilidade.
Atividades econômicas podem ser
encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses
recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o
próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável sugere, de fato,
qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e
produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.
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