domingo, 18 de junho de 2017

Desenvolvimento sustentável, Economia Ambiental e Economia Ecológica

(Por Gustavo Araujo, Rafael Guimarães e Thaís Agarrallua)


  • Desenvolvimento sustentável


 Desde o início da revolução industrial, a quantidade de poluentes produzida se deu de forma crescente e ininterrupta, comprometendo cada vez mais a qualidade do meio ambiente. Como demonstrado na publicação anterior, onde a interação humana chegou a um nível onde o homem se tornou superior a natureza. Diante dos problemas ambientais gerados, como: escassez de água, o aumento da população urbana no mundo e, consequentemente o aumento do consumo, a péssima qualidade do ar, os desmatamentos, as desertificações de algumas regiões no planeta, o aquecimento global, entre outros problemas ambientais, demonstram claramente o quanto é necessário equilibrar esta relação tão delicada.
O equilíbrio dessa relação entre crescimento econômico e meio ambiente é chamado de Desenvolvimento Sustentável, termo constituído em 1988 no Relatório Brundtland, intitulado “Nosso Futuro Comum”, elaborado pela Comissão Mundial do Meio Ambiente. Onde visa um desenvolvimento que satisfaça as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades da geração futura, ou seja, não deixar faltar recursos para a população futura.
Neste âmbito do desenvolvimento sustentável, as opiniões se dividem em dois pontos: Economia Ambiental e Economia Ecológica.

  • Economia Ambiental


 Na Economia Ambiental, demonstra que os recursos naturais não limitam a expansão econômica. No início de sua aplicabilidade os recursos não eram mostrados nas apresentações analíticas da realidade econômica.
Somente após críticas que houve a adição destes dados nas análises econômicas com função de produção, porém mantendo uma forma de substitubilidade perfeita entre os outros fatores de produção, capital e trabalho. Ou seja, os recursos naturais poderiam ser substituídos pelo capital ou trabalho (tecnologia).
Assim, estes recursos não representam uma restrição à expansão, mas uma restrição relativa, superável pelo progresso tecnológico e mercado. No caso de insumos ambientais (bens naturais transacionados no mercado), a medida que um recurso se tornava escasso, haveria a necessidade de aumentar seu preço, induzindo a necessidade de inovações para poupar este recurso; e no caso de serviços ambientais públicos (ar, agua, ciclos bioquímicos, etc.), onde existe uma falha por serem bens não transacionais no mercado, é necessário um controle para intervir no preço à medida que a escassez aumenta.

  • Economia Ecológica


 Diferentemente da Economia Ambiental, a Economia Ecológica coloca o sistema econômico sendo como um subsistema da natureza, ou seja, o conjunto dos fatores de produção impõem uma restrição absoluta para o crescimento econômico. Os fatores não são dados isolados, cada um complementa o outro.  Destacando o progresso cientifico e tecnológico sendo fundamental para o aumento da eficiência dos recursos gerais (renováveis e não-renováveis).
A questão é como fazer com que a economia funcione considerando a existência desse limite. Na visão da Economia Ambiental, é realizar o ajuste dos recursos utilizando tecnologia ou as regras de mercado substituindo os produtos escassos por outros ou elevando seus preços. Porém na visão ecológica é criando uma escala sustentável. Assim é que ela transcende da sua esfera até outras ciências na procura de um melhor entendimento de quais são os processos biológicos e físicos que permitam entender melhor quais são os limites da sustentabilidade.
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário